quinta-feira, 22 de abril de 2010

Surpresa Surpresa

Ontem, depois de assistir à audiência do Paulo Penedos fiquei tentando adivinhar se hoje o Rui Pedro Soares iria mentir ou escudar-se na investigação criminal para fugir de algumas questões mais incómodas. Contudo, estava longe de pensar que iria usar a carta de “livre da prisão”, como arguido no processo criminal, para não responder a qualquer questão da comissão parlamentar. Algo que legalmente suponho que seja nulo de fundamentação, visto serem instâncias da república independentes e com objectivos diferentes. O que têm de comum é que em ambos os casos, num tribunal e numa comissão parlamentar, mentir constitui crime punível à luz da legislação. A grande diferença entre estas duas instâncias é que enquanto o interrogatório, em processo da investigação do ministério público, é privado e protegido pelo segredo de justiça, a inquirição feita pela comissão parlamentar é pública e, assim sendo, politicamente devastadora em caso de revelações mais “calientes”. Por esse motivo é óbvio que alguém tão próximo do Secretário Geral do PS e a quem deve os lugares profissionais que desempenhou, algo que apenas conseguiu pelas suas lealdades e subserviências ao Sócrates e não por qualquer mérito ou capacidade profissional, aliás, todos os comentários abonatórios são que é uma pessoa humilde, discreta, etc. e nunca vi um único comentário sobre a sua genial competência profissional que sustente a escalada meteórica ao topo da maior empresa portuguesa, por isso, alguém assim tão devedor ao Sócrates, nunca irá trair a única pessoa que pode continuar a salvar-lhe as “costas”, mesmo que tenha de cair agora em sacrifício pelo “boss”, já que a memória dos portugueses é curta e o seu nível de informação mínimo, pelo que em um par de anos, se mantiver a lealdade, vai estar de novo discretamente no top de alguma nomeação bem choruda.

Tudo pelo luxo Parisiense

A Senhora Deputada Inês Medeiros, eleita nas listas do Partido Socialista, pelo círculo eleitoral de Lisboa, com registo de residência eleitoral em Lisboa “residência de família”, teve aprovada pelo Presidente da Assembleia da República, o Sr. Jaime Gama, a sua pretensão de ver custeadas pela assembleia da República as suas viagens semanais a casa, ou seja Paris, em primeira Classe (claro pois uma deputada que se preze não pode viajar de forma economia para poupar os contribuintes).

Calma! Calma meus colegas leitores, coitada da senhora, então como é chique viver em Paris e não neste fim da Europa em falência. È indecente pedir à Senhora Deputada para abdicar do seu estilo de vida artístico e de deixar de criar a sua família numa cultura que não a portuguesa. Ela tem o direito de nos ver como um povo de escravos com o dever de lhe sustentar o estilo de vida parisiense, já que tem um passaporte português e gastou tanto tempo a bajular os “chefões” do partido socialista com apoios a campanhas eleitorais. Publicamente todos sabiam que a senhora deputada vivia em Paris e, se quem a elegeu, pensou que viria viver em Portugal para exercer o mandado para o qual se candidatava, é problema de cada um, já que ela não disse que iria abdicar do luxo de Paris pela pobreza de Lisboa.

Agora o melhor ainda seria, e caso a senhora deputada não tenha pensado nisso já agora aproveite, como a senhora reside em Paris e não em Lisboa, pague os seus impostos em França e não em Portugal. Os portugueses são mesmo um país de escravos ao seu dispor, então qual o problema de entregar aos cofres franceses os impostos de salários ganhos às nossas custas aqui em Portugal.

Aquele Sr. Gama merece é ser condenado por roubo à república e aos cofres de Estado e que lhe seja retirado, do seu património pessoal, o dinheiro que nos está a roubar com esta decisão que perante o juízo público dos portugueses nada mais é que roubo, independentemente do que seja à luz das leis feitas por corruptos e para corruptos.