segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Portugal no Natal de 2011

Ao sair do aeroporto e mesmo antes de se chegar às cidades e vilas portuguesas para a tradicional reunião familiar e os festejos natalícios, a maioria dos que regressam a Portugal nesta época sente alguma tristeza e espanto. É verdade que a crise é por todos mais do que conhecida, é verdade que os tempos difíceis já são algo que está mais do que aceite como algo do qual não é possível a Portugal fugir, principalmente para os muitos que faz apenas meses que se viram confrontados com a pesada realidade e optaram por novos rumos e novos países a quem se passa a chamar de casa, mas a dura realidade de um país onde ano atrás ano os enfeites de natal tomavam proporções cada vez maiores e onde este ano pura e simplesmente desapareceram por completo em várias cidades e foram reduzidos substancialmente em muitas outras, faz com que seja uma visão estranha olhar as nossas cidades neste natal. É verdade que enquanto a maioria está a conter as despesas, tem uns poucos que apesar de estarem endividados acima da maioria ainda se dão ao luxo de gastar milhões em festejos de natal. Afinal estamos em Portugal e o seu pior nunca desaparece.
É certo que os enfeites de natal tomaram dimensões absurdas em termos de custo público, mas o cortar totalmente como fez a cidade de Lisboa atesta o tipo de carácter da maioria dos Presidentes de Câmara deste Portugal, em que cortar nos boys não cortam eles, mas o manter as luzes apenas na Rua Augusta, no caso de Lisboa, e nas equivalentes nas restantes cidades já é demasiado caro, algo que representa um custo ridículo quando comparado com o que se gasta apenas num mês em assessores políticos e boys afins das Câmaras e Assembleias Municipais, já para não falar no descaramento da tolerância de ponto nas tardes dos dias 23 e 30 de Dezembro dada por alguns presidentes de Câmaras, como o de Lisboa, contra o que foi decretado pelo Governo do País. Algo que aposto que se negociada uma divisão de custos entre a Câmara e os comerciantes e bancos com localização nas respectivas principais ruas comerciais, seria possível concretizar a um custo quase insignificante. No entanto não podemos dizer que há surpresas nestas opções de gastos públicos, pois é algo que é mais do que coerente com a protecção dada pelos políticos aos seus boys em nome da sua sobrevivência pessoal ao nível político e económico.

O problema é que é importante para o país, em termos sociais e económicos e exactamente pela falta de espírito de natal que se sente no ar e pelo estado depressivo dos portugueses devido aos tempos difíceis, proporcionar alguns aspectos através dos quais seja possível, a baixo custo, animar a moral e o espírito dos portugueses, algo que também acaba por ser um ligeiro apoio à actividade económica. Por isso torna-se ainda mais importante que se gaste em iluminação de natal restrito à principal rua comercial das cidades e que no caso de Lisboa é a Rua Augusta, como espaço com um forte peso emocional para os lisboetas, em lugar de gastar com os mais de 3.000 euros mensais com que os Presidentes de Câmara presenteiam mensalmente os seus boys da assessoria política. Mas não, os munícipes que se aguentem pois eles têm que proteger os seus e ganhar o seu apoio na concelhia política, principalmente porque as eleições estão à porta.

Portugal, o tempo passa e continuas igual, com parasitas a te governar e tu a pagares.

sábado, 10 de dezembro de 2011

The importance of the urban public transport system reorganization

Currently one of the most important aspects for the metropolitan areas sustain development all over the planet are the urban public transport system and its impact on the regional and national economies.
The urban public transport system reorganization and the cultural re-education of the citizens are fundamental for the economical and social sustainable development of the metropolitan areas but also for the national growth. So the transports network restructuring must be made on a three axes base: the metropolitan transports network efficient; the energetic efficient; the transportation system environmental impact. Another fundamental aspect it is the symbiosis between the urban and the national transports systems not only at their physical interconnections but also at the macroeconomic objectives.

The metropolitan public transports network efficient must offer the lines to serve all the metropolitan citizens on a way that they can give up of using the car to start using the public transportation. However a good offer of public transportations does not imply an overlap of services what would divide the passengers and multiply the costs. If we have a subway offer it is not necessary to have a bus service doing the same service on the same area because that will obligate two separated investments that will compete between them and that will make more difficult to maximize the return on each investment.
Other fundamental aspect for the efficiency of a transport network it is the schedules of the service. The schedules have to supply the passenger’s needs and not the politician’s decisions. Only a public transporters network that offers a service with quality and with adjusted schedules that gives total availability so the citizens can use the public transport in set of the personal car can make possible to take the politic decision to increase the cost for the use of personal inside the metropolitan areas, decreasing this way the higher economical costs and the environmental impact of the thousands cars daily entering on our cities.
The energetic efficiency it is other fundamental question for the sustainability of the urban public transportation networks. Naturally this means an alteration from the oil base locomotion for alternative energies to be used on public transports system.
Since great part of the countries are oil dependent in consequence of the oil be necessary to move all the vehicles in the country, it is urgent that urban public transport system reorganization be based on electricity and alternative energies vehicles. This way besides creating a sustainable public transportation network we also are fighting for the national independency or at least for a stronger position face OPEC and the international oil prices.
At last but not least we have the environmental question. It is obvious for all that one efficient public transport system based on alternative energies with the capability to take persons to leave the car at home and getting a public transportation, not only makes sustainable the urban public transportation but also release the city and the country of large amounts of pollution emissions. It is also necessary that the nationally freights and also the medium-haul passenger’s trips get done by rail that is moved by electricity.
As a cultural objective to be implemented along to the urban public transport system reorganization, it is fundamental to re-educate the metropolitan citizen’s behaviour so they became to see the car as a non necessary luxury like it happens in New-York, where it is normal persons living on central areas do not have a personal car and just rent one when they want to travel on the state because on the day-to-day it is more economical and fast use the public transportation that maintain a personal car. This way they can avoid the annual cost of having a personal car and nationally we can reduce the oil importation and carbon dioxide emissions.

A importância da reestruturação das redes urbanas de transportes públicos

Actualmente uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento sustentado das áreas metropolitanas de todo o planeta, é a questão das redes urbanas de transportes públicos e o seu impacto nas economias regionais e nacionais.

A reestruturação destas redes urbanas de transportes públicos e a reeducação dos comportamentos culturais dos habitantes destas regiões, á luz de algumas experiências que têm sido desenvolvidas ao longo dos anos, são fundamentais para a preparação do futuro económico e social sustentado, não só das regiões em que estas áreas metropolitanas se inserem mas igualmente nas economias nacionais em que se incluem. Neste sentido os planos e estratégias de reestruturação das redes urbanas de transportes públicos devem ter na sua base 3 eixos fundamentais: a eficiência da rede de transportes, a questão da eficiência energética e por fim a questão do impacto ambiental dos sistemas de transportes. A acção da reestruturação das redes de transportes públicos urbanos devem ter não só uma visão e objectivos operacionais como devem igualmente ter uma visão e objectivos culturais na sociedade em que irão ter a sua implementação. Outro aspecto fundamental é a simbiose entre a rede urbana e a rede nacional de transportes públicos, não apenas nas suas interligações físicas mas igualmente nos objectivos macro da sua reestruturação.


Após uma introdução mais técnica vamos à visão e linguagem mais do dia-a-dia da questão. Assim vejamos.
A eficiência da rede de transportes público passa por uma oferta de serviços que sirva de forma satisfatória todos os habitantes das áreas metropolitanas, ou seja, que todos possam substituir o uso do carro pelo transporte público mas ao mesmo tempo que esse serviço não tenha uma sobreposição de ofertas de modo a dividir os passageiros entre os vários serviços, multiplicando investimentos/custos e dividindo receitas/passageiros. Por outras palavras podemos dizer que uma rede de transportes públicos eficiente é aquela que se, por exemplo, tem uma área da região metropolitana, normalmente a mais central, servida por uma rede de metro, não faz sentido existirem linhas de autocarros a servir as mesmas áreas. O investimento na linha de metro é um esforço enorme que tem a vantagem de, além da grande capacidade de passageiros, não implicar um aumento do tráfego de veículos nas estradas como sucede com os autocarros, pelo que a forma de rentabilizar esse investimento é o dividir esse custo por mais passageiros em lugar de manter um investimento em autocarros, para servir a mesma área, que compete com o metro e implica um investimento concorrente. O mesmo sucede nas linhas onde existe o serviço ferroviário ou de eléctricos, deixando as linhas de autocarros para as linhas sem cobertura deste tipo de transportes dada a sua maior flexibilidade. Outro ponto fundamental para esta eficiência são os horários a que funcionam os transportes públicos, sendo que estes devem ter em atenção as reais necessidades da área metropolitana e não as questões políticas. Só com uma rede de transportes que ofereça um bom serviço e disponibilidade é que é possível impor fortes custos e restrições ao uso de carro próprio dentro das grandes cidades, reduzindo o impacto económico e ambiental da entrada diária de milhares de carros dentro das grandes cidades.
A eficiência energética é uma questão fundamental para a sustentabilidade destas redes, uma vez que o futuro implica uma alteração da mobilidade baseada no petróleo para as energias renováveis. Uma vez que a maior parte dos países é dependente do petróleo, em boa parte devido ao consumo das suas frotas particulares e públicas, é imperativo que o modelo estratégico das redes de transportes públicos passe pela opção quase em exclusivo de veículos movidos a electricidade ou a hidrogénio (no caso dos autocarros). Deste modo além de desenvolver uma frota sustentada, trabalhamos para uma independência da economia nacional face aos impactos e pressões internacionais na volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis, conseguindo controlar a inflação pelo aumento do preço do petróleo e aumentando a competitividade internacional da economia nacional. Assim também existe a vantagem de os transportes públicos tornarem-se comparativamente mais económicos face ao uso de carro particular.
Por fim temos a questão ambiental. É claro para todos que um sistema de transportes públicos eficiente, baseado em energias alternativas não poluentes e que leve a uma substituição do carro particular pelo uso do transporte público, não só torna as empresas de transporte sustentáveis como liberta o país e as cidades de grandes quantidades de emissões poluentes, reduz os consumos de petróleo e permite a redução das quotas de emissão de dióxido de carbono. Mas é também fundamental que ao nível nacional o transporte de mercadorias seja preferencialmente feito por via ferroviária e que as viagens de médio curso de passageiros sejam também feitas preferencialmente por comboio.

Como objectivo cultural, conjuntamente com a implementação das reestruturações que têm como objectivo o aumento da eficiência das redes de transporte público urbano, é fundamental fomentar uma cultura como a que existe na cidade de Nova-York, por exemplo, onde o normal é que os residentes das zonas centrais desta área metropolitana não tenham carro próprio, mesmo pessoas da classe média alta, pelo alto custo que implica esse luxo e pela qualidade e disponibilidade da rede de transportes urbanos que serve as necessidades dos seus habitantes a um custo muito inferior, sendo usual o aluguer de carros para viagens de lazer fora da área metropolitana, eliminando desta forma o peso das despesas fixas no orçamento familiar que representam a aquisição e manutenção de um carro, enquanto que nacionalmente reduzem-se os consumos e emissões de combustíveis fósseis.

domingo, 4 de dezembro de 2011

31 anos da morte do Primeiro Ministro Sá Carneiro

31 anos sobre a morte de Sá Carneiro e 31 anos sem uma resposta clara aos Portugueses sobre o que realmente sucedeu, no entanto podemos ver os que mais ganharam com o sucedido feitos Reis e Senhores a dar sentenças como se fossem anjos apesar de não serem mais do que coveiros de uma nação. Um país liderado pelos fracassados e pelos mais desonestos da sua sociedade, uma sociedade que trata como vacas sagradas os maiores criminosos do país.

Portugal estás no buraco em que te enfiaste e onde continuas a sustentar a classe corrupta com os teus diários “se não for assim não vamos a lado nenhum” ou os “se todos fazem não vou ser eu o parvo”. Parabéns, foste no caminho que procuras-te mas não te preocupes Portugal, obrigaste o teu melhor, os mais inteligentes, competentes e honestos a sair de “casa” por os tratares como bastardos, jogas fora a tua maior riqueza em nome da defesa e protecção do teu pior mas contínuas a ser o “maior” pois estás no euro 2012 que é o que importa ao português.

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado Cultural Heritage of Humanity

Congratulation to all the team who worked for the last years to make this possible and to all Portuguese living in or out of our country for the Fado become Cultural Heritage of Humanity. From Canada to Chile, from Latvia to South Africa and from Macau to Australia Fado it is the most identifiable sound of Portugal and now a sound of Humanity.

For those who like me started to enjoy fado on the university days and specially those who had discovered the real Lisbon on those days here goes one famous scene of an old Portuguese movie but that makes the memories of all us, academics.

PORTUGUÊS
Parabéns a toda a equipa da candidatura Fado Património Cultural Imaterial da Humanidade que trabalhou nos últimos anos para que fosse possível esta vitória e a todos os portugueses que vivem dentro e fora do nosso país. Desde o Canadá até ao Chile, da Letónia à África do Sul e de Macau à Austrália o fado é a sonoridade portuguesa que é automaticamente reconhecida com o som de Portugal e agora da Humanidade.

Para aqueles que começaram a apreciar fado nos dias de universidade e especialmente aqueles que descobriram a verdadeira Lisboa nesses dias, aqui vai aquela famosa cena de um clássico da antiga cinemateca portuguesa mas que faz as memórias de todos nós antigos universitários.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A distracção do Presidente da Câmara de Lisboa

Nas últimas semanas têm-se multiplicado as comunicações do Presidente da CM de Lisboa, o Sr. António Costa, a defender a aplicação de uma sobretaxa no preço dos combustíveis vendidos na área metropolitana de Lisboa (AML) com vista a apoiar o financiamento dos transportes públicos na respectiva área metropolitana.

Ora tal proposta só pode ser considerada como sendo resultado de uma completa alienação do Sr. Presidente da CM de Lisboa face à experiência mais do que comprovada a nível nacional nas zonas fronteiriças e desculpabilizado por as habilitações do referido Sr. Presidente serem as de jurista, pelo que é normal a sua ignorância em matérias económicas apesar de que, quem o ouve falar no programa semanal da SIC Notícias “Quadratura do Círculo”, nitidamente apercebe-se da presunção do mesmo em se considerar um expert em questões económicas.

Mas voltando ao tema em causa vamos lá ajudar o Sr. Presidente, expert em economia, a perceber algumas falhas na sua teoria. Os habitantes da AML não vivem atrás de um muro como sucedia durante a guerra fria com os moradores de ambas as partes de Berlim e que os impedia de passar de um lado para o outro. Os habitantes da AML, bem como de qualquer área metropolitana nos países democráticos, têm liberdade de circulação e da escolha onde efectuam os seus consumos, logo, da mesma forma como sucede nas regiões fronteiriças, os cidadãos tendem naturalmente a seleccionar os seus locais de consumo face à relação qualidade/preço. Isto apenas significa o que todos nós sabemos, que as pessoas deslocam-se para consumirem onde o custo é inferior e se o custo de deslocação para esse local é inferior ao diferencial de preços os consumidores deslocam-se para efectuar os seus consumos. Além do mais existe o efeito psicológico que leva as pessoas a assumirem este comportamento mesmo no valor fronteira em que fica ao mesmo custo o consumir no local em que se reside ou deslocar-se para consumir, já que psicologicamente o pagar um preço inferior dá sempre a sensação de poupança. A isto acresce o efeito que leva as pessoas a preferirem ir gastar fora em lugar de dar a ganhar a quem lhes aumentou o custo de vida.

Assim sendo, está mais do que comprovado pela experiência dos últimos anos em Portugal que, um diferencial no preço dos combustíveis vai levar as pessoas a saírem da AML para atestarem os seus carros onde é mais barato em lugar de o fazerem dentro da mesma, o que levará naturalmente ao enceramento dos postos de abastecimento dentro da AML com o consequente aumento do desemprego e a baixa das receitas próprias relativas a este sector arrecadas dentro da AML.

Na sua base a ideia do Sr. Presidente é correcta, o de onerar a circulação de veículos particulares dentro da AML e o de procurar fontes de financiamento para os transportes públicos da mesma. No entanto o mesmo deve ser feito não com a medida que defende mas sim com algo semelhante a outra medida por si defendida, ou seja, a taxa nas portagens. Uma sobretaxa sobre a ponte 25 de Abril até que é legitima, mas sobre a da ponte Vasco da gama já não o é uma vez que esta é a ligação entre a A1 e a A2, ou seja, representa um trajecto de auto-estrada nacional e não apenas da AML. A forma economicamente eficiente de criar as condições que o Sr. Presidente muito bem defende e que já foram aplicadas em outras áreas metropolitanas, é o da criação de várias “coroas” como existe na questão dos passes para os transportes públicos e cobrar uma taxa de circulação dentro de cada “coroa” com um preço crescente quanto mais central é a coroa. Desta forma existe uma real percepção dos condutores para os custos de utilização de veículo próprio dentro de cada zona, com a respectiva motivação para a utilização dos transportes públicos, e torna-se o processo muito mais transparente e directo, sem ser por via de intermediários, o que já está mais do que provado que é uma porta aberta à ineficiência. Exemplo deste modelo é o centro de Londres.

Claro que os veículos de transporte de mercadorias teriam de ter um regime especial para não encarecer o custo dos produtos à venda na AML.

Contudo a aplicação desta medida, desejável e necessária, não pode ser independente de uma reestruturação do modelo de funcionamento da rede de transportes públicos urbanos, pois não podemos onerar o uso de carro próprio sem dar a alternativa dos transpores públicos.

Por outro lado, apesar de o Sr. Presidente estar com toda a razão quanto à questão da rede de transportes públicos dentro da AML ter necessariamente que ser coordenada com as autarquias presentes na mesma, a ideia de que as autarquias devam ter palavra e participação na gestão das empresas de transporte atesta a visão de controlo estatal do Sr. Presidente. Tal situação é apenas para reforçar o poder da política local dentro das empresas aumentando assim o clientelismo e o partidarismo que se deseja erradicar, apenas reforça a cunha em lugar da eficiência pois sabemos muito bem como as coisas funcionam e os colegas de partido e amiguinhos têm de ser pagos com bons tachos que aumentam a estrutura de custos das empresas e reduzem a eficiência na gestão das mesmas, pela colocação de pessoas não com base no profissionalismo mas com base no clientelismo. Sr, Presidente será que ainda não basta de parasitismo, todos os anos de governo e poder não lhe chegam?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Public debts bailout? One more mistake added to many others

Since last week news of Greece partial bailout we can see a big smile in all those who are defenders of the easy way and the individual disclaimer of all those who are responsible for leading Portugal to the current situation.

Even when it was Portugal who gives debts bailout to other countries I was never a defender of it and now I will not be a defender of this policy when this persons insist on the idea that Portugal should not implement such hard economic measures so later on Portugal can ask for a debt bailout without having it so hard over the Portuguese citizens lifestyle.

The Portuguese State and the Portuguese’s Governments have worked a lot through their attitudes and the Portuguese legislation to create on the Portuguese’s mind the idea that the State and the Governments are ethereal entities that no politician or public manager is ever criminal or monetary responsible for their attitudes and decisions in and off their public functions, the problem is always of the “public machine”, the guilt is always of the “public machine” but the public machine are not a computer or a robot but persons and in Portugal unfortunately those persons are what the worst the country have on terms of honesty, ethic and competence. For that reason no Portuguese politician are in jail but the corruption and the economical criminality are a gigantic national problem.

Here it is the main question about public debts bailout. Excluding the countries that need financial help because a momentary problem of public financial illiquidity as it was the case of Ireland and Iceland, the countries that usually need international financial help are countries with this kind of parasitic political class that steal their countries for decades until they see themselves facing the reality where they have on their hands a country on the bankruptcy and that is the moment when they are obligate to ask for help and accept the impositions that make more difficult continue using the public money as if it were their own money. If the international community gives a bailout to the country what this kind of politicians will learn is that they can carry on stealing free as ever, because there always will be a bailout to saving them of suffer the anger of those who they steal, just like a burglar to whom the judge gives a second opportunity instead of send him to jail.

The States and their Governments are not abstract entities but persons that make their decisions in defence of their own personal interests using their moral education, or in this case the lack of it, so the forgiven of their actions and decisions will only let an open door to they keep having the same behaviour as always.

However it is clear that the international community must create the opportunity for these countries recover from their bankruptcy. For that reason I always have defended not a bailout but a debt renegotiation with lower interest rates, never higher that 2%, and a dilatation of the payments terms.

We can never forget that a bailout it is not a decision that makes a debt disappear as some kind of  magic, as if that money would never existed but the reality it is that there will be always someone who have to pay the bill. On the present Greek case the bailout will provoke a huge lost among the European banks who have bought Greek public debt and that means that the European States will have to reinforce their banks capitals to prevent the weakness of the financial system. This means that will be the European citizens, those who have voted responsibly and have made personal sacrifices in their lifestyle to prepare their countries to have strong economies are the ones who will be obligated to pay for the Greeks irresponsible votes and lifestyle above their economical capacity.

But the present main issue it is the implication to the EU and to the Euro zone of the Greek bailout or the eventual bailout of any other EU member. Therefore it is necessary to resolve the Greek situation but above all to put an end to the public debts problem on the Euro zone. To resolve the current situation it is necessary the creation of a EU new financial instrument that can be created by a modification of the present emergency fund to a new European financial instrument with the financial capacity and the powers for assume the Greek debts to the international market, and the debts of any other member that needs it like Portugal and Ireland, and those countries would pay their integral debts to this fund but in dilated payments and with lowers interest rates and the countries would be obligated to fulfil a plan to recover their public finances and their economies. This way the UE gives the clear and strong message to the international market that the debts of one euro member it is a debt of all euro zone.

It is obvious that those countries would have to submit their budget policy to a rigorous supervision from the European institutions to prevent the continue of the expenses policies and the corruption that led the country to bankruptcy at the first place.

On the Portuguese case it is more than clear that the only reason for the current bankruptcy of the country it is the corruption and the culture of the easy way which destroyed the country economy. The fact of Portugal be a small country and the international financial crisis it is just an excuse for the Portuguese reality, Belgium is smaller than Portugal and do not have the natural resources that Portugal have as the sun for energy and for tourism or the huge oceanic territory, for example, and Belgium does not live the economic crisis that Portugal lives. So what’s the difference between these two countries?  The difference it is the culture of merit and productivity and a more honest and competent politicians of Belgium.

domingo, 30 de outubro de 2011

Perdão de dívidas? Mais um erro a somar a tantos outros

Desde a semana passada que os fieis amigos do facilitismo e da desresponsabilização estão de sorriso no rosto com as notícias de perdão de parte da dívida Grega.
Nunca fui defensor de perdões da dívida, fosse quando éramos nós a perdoar dívidas ou quando outros países defendiam o perdão das suas dívidas, face ao FMI por exemplo. Assim sendo, nada mais coerente que o ser completamente contra um eventual perdão de parte da dívida nacional, como já muitos estão a pensar em pedir e que por isso consideram que nem vale a pena fazer grandes esforços para evitar essa situação.

O Estado/Governos não são aquela entidade etérea que o quadro legal português e os políticos portugueses tanto têm trabalhado para fazer parecer aos olhos dos portugueses, as coisas acontecem e ninguém tem a culpa pois a culpa é da “máquina”, só que a “máquina” não existe, não é um computador ou um robot, a “máquina” são pessoas que infelizmente em Portugal representam o que de pior existe no país, o pior em falta de moralidade, desonestidade, incompetência, e o parasitismo de uma classe dirigente, partidária e política.
Sendo que é aqui que reside o problema, normalmente os países que precisam de ajuda, que não seja por uma questão pontual de liquidez que se resolve em um par de anos como na Irlanda ou na Islândia, são países com este tipo de classes políticas que roubam e roubam os país por décadas até os deixarem completamente falidos em nome dos seus interesses pessoais. Ora, se este tipo de parasitas, após falirem um país, em lugar de serem punidos pelos seus países e pela comunidade internacional recebem um perdão de dívida, a lição que aprendem é a de que pode continuar a roubar sem problemas pois quando voltarem a deixar o país falido vão ter um novo perdão da dívida. É o mesmo que um ladrão que chega ao tribunal e o Juiz lhe dá uma segunda oportunidade, claro que ele vai pensar que afinal ir a tribunal não é assim tão mau e volta a roubar de novo já que percebe que pode roubar quanto quiser que nunca será responsabilizado pelos seus crimes.
Os Estados/Governos não são entidades abstractas e sim pessoas que agem em defesa dos seus próprios interesses e seguindo a sua cultura moral, ou a falta desta, pelo que a sua desresponsabilização/perdão é sempre uma porta aberta para voltarem a cometer o mesmo crime.

No entanto é óbvio que a comunidade internacional tem que criar oportunidades para que os países possam sobreviver ao “buraco” em que estão, pelo que sempre defendi não um perdão da dívida e sim uma renegociação da dívida para juros mais baixos, sempre num valor máximo de 2%, e um prolongamento dos prazos de pagamento.
Nunca nos podemos esquecer que um perdão de dívida não é uma coisa mágica, um estalar de dedos e é como se aquele dinheiro nunca tivesse existido. Um perdão de dívida implica que alguém fica a pagar a conta, por exemplo no caso da Grécia, o perdão da dívida vai levar a perdas brutais na banca europeia que financiou a dívida Grega, o que vai implicar que os países e instituições europeias recapitalizem a banca europeia pelas perdas originadas no perdão grego, ou seja, os países europeus têm que pagar o perdão da dívida grego, por outras palavras são os contribuintes que votaram bem e que fizeram sacrifícios para terem uma economia saudável que vão ter que pagar pelos luxos e más escolhas dos gregos.

Mas o presente problema é a implicação que o incumprimento por parte da Grécia, ou qualquer outro Estado-Membro, terá sobre a economia da UE e no Euro. Assim sendo é necessário resolver o problema grego mas acima de tudo o problema das dívidas públicas dos países do euro. É neste sentido que seria mais indicado a criação de um instrumento financeiro, que poderá ser uma modificação do fundo de resgate, que tivesse a capacidade de ficar credor dos países incumpridores, assumindo as suas dívidas e a quem estes países ficariam a pagar a totalidade da sua dívida nas condições anteriormente referidas. Por outras palavras seria uma comunicação forte e transparente ao mercado de que as dívidas dos países do euro não são assumidas pelos países individualmente e sim de toda a zona euro, responsabilizando ao mesmo tempo os países “mal comportados” já que estes seriam responsabilizados e obrigados a assumirem as suas dívidas, sem com isso colocar em causa a viabilidade das suas economias.
Obviamente que estes países teriam de submeter-se a uma rigorosa fiscalização da sua política orçamental por parte das instituições europeias de modo a evitar a manutenção das actividades corruptas e despesistas que levaram os países à situação de falência.

No caso português é mais do que evidente que a única razão pela qual o país está como está é a corrupção que corrói o país e a cultura do facilitismo. Não venham com a desculpa de ser pequenos ou a crise internacional, pois a Bélgica, por exemplo, é mais pequena do que Portugal, não tem as riquezas que tem Portugal, como por exemplo o sol (energia renovável e turismo) e uma área oceânica gigantesca e no entanto não vive a crise que Portugal vive. Qual a diferença? A cultura de mérito e de produtividade e uma classe política mais honesta e competente.

sábado, 22 de outubro de 2011

The not so big news for 2012/2013

Last week the Portuguese Prime-Minister made a statement to the country communicating the new austerity measures for the 2012/2013 period and informing that this new policies are consequence of a bigger deficit that was previously thought. This week it was the Portuguese Chancellor of the Exchequer who, on a television interview, explained the reasons and impacts of these policies. So what´s new for 2012/2013 and what are its effects?
The one measure that will affects all Portuguese by equal is the VAT alterations and because of that this measure it is the most unjust of all but unfortunately it is a necessary one.
The VAT increase on the catering sector will produce a competitiveness reduction on one of sectors that share the exportation effort. It is truth that it’s impossible to tax only the Portuguese and left out of the VAT increase the foreigners so there is no way to prevent this fall on the international competitiveness of the sector, however past this public deficit emergency it is urgent to review this measure to increase our competitiveness face our competitors.
Other VAT alteration it is the increase of the bottled water rate what it is a complete abuse without any fiscal justice because the water it is “the” essential commodity for human life. There is also the question that the bottled water, as the wine and olive oil for example, it is one of products that Portuguese consume almost exclusively national production and they have a higher exportation potential. For this reason this products should not have an elevate VAT rate.
One other measure that affects a large part of the Portuguese population it is the 30 minutes increased on the national daily labour time, what means a real remuneration cutback.
With the implementation of this measure the Portuguese euro exit defenders can stop talking about that because they already have implemented the effect of currency devaluation on Portugal to obtain competitiveness on international markets (see: One more apologist for a fall into the abysm1).
The big difference between this measure and a currency devaluation it is the transparency of its effects to the general citizens because everyone see the cut on their incomings.
But the true is that the increased of 30 minutes on the work day it is not a hard cost to pay and it is less penalizing than currency devaluation. Who is gone be real affected by this measure are the unemployed that will see their labour opportunities reduce even more.
However the most controversy measure it is the abolition of the holydays and Christmas subsidy to all civil servants with incomings above 1.000 Euros and a progressive cut to those with incomes between the 485 and the 1.000 Euros. But this measure will be addressed on a future commentary.
After all this measures it still missing the information about the cuts on the public budget based one more rationality on the public services management and what model of public services it will be implemented in the future but above all the Government do not show any intention to take the decision to renegotiate all the ruinous public-private partnerships and investigate who was responsible for those contracts.
And on the end of all it is essential that the State reduce as soon as possible the actual unsupportable tax burden to allow the privet economy to create the vital national wealthy required to the country development.


As não tão grandes novidades para 2012/2013

A semana passada tivemos a comunicação do Primeiro-ministro ao país dando a conhecer que afinal o “buraco” é ainda maior do que se pensava e, por esse motivo e dada a necessidade de cumprir as metas orçamentais, foram previstas novas medidas de austeridade na proposta de Orçamento de Estado para 2012. Esta semana foi a vez de o Ministro das Finanças, numa entrevista televisiva, vir explicar a situação financeira do Estado português e justificar as medidas comunicadas pelo Primeiro-Ministro. Então quais são afinal as novidades para 2012/2013 e qual o seu efeito?
 
A medida que afecta todos os portugueses por igual, seja trabalhador no público, no privado ou um desempregado são as mexidas nas tabelas do IVA e por isso mesmo esta acaba por ser a mais injusta de todas mas infelizmente necessária.
O aumento da taxa do IVA na restauração traduz-se numa perda de competitividade de um sector que comparticipa em uma parte da sua actividade no esforço de exportação. É verdade que nem todo o sector participa na exportação e que é impossível taxar apenas os nacionais e não taxar os estrangeiros, mas é algo que, passada esta emergência pela derrapagem orçamental, deve ser revisto com vista a uma competitividade turística face aos nossos concorrentes.
Já a passagem das águas minerais para um IVA intermédio é um escândalo e sem qualquer justiça fiscal, uma vez que é “o” bem essencial por excelência, ao contrário das águas com sabores e demais variantes que é justo passarem para uma taxa mais alta. Ainda mais que, tal como o vinho e o azeite, são produtos nos quais o consumidor português consome quase exclusivamente produção nacional e é fundamental que, na revisão das tabelas do IVA, sejam não só beneficiados os bens que constituem o cabaz de bens essenciais para uma família portuguesa, mas também os produtos cujo consumo interno é predominantemente de produção nacional e com potencial de exportação. É por esse motivo que, por exemplo, o vinho não deve ser incluído na taxa máxima.
Outra medida que tem um impacto mais abrangente é o aumento de 30 minutos por dia no horário de trabalho de todos os trabalhadores, ou seja uma redução do seu vencimento real.
A partir de agora os defensores da saída de Portugal do euro com o propósito de poderem desvalorizar a moeda para obter aumentos de competitividade, já podem parar de falar em saída do euro pois já têm o mesmo efeito (ver: Mais um apologista de uma queda no abismo1). Claro que podem defender um acréscimo superior a estes 30 minutos.
A grande diferença entre esta medida e uma desvalorização da moeda é o facto de esta medida ser muito mais impopular ao ser transparente para todos que o efeito é a redução do seu poder de compra.
A verdade é que o aumento de 30 minutos diários, no tempo de trabalho, não é uma medida que seja muito penalizadora e que deve ser compreendida por todos como necessária para fazer face à situação nacional, sendo muito mais vantajosa para as pessoas do que uma desvalorização da moeda. Quem é verdadeiramente penalizado com esta medida são os desempregados que vêm assim reduzidas, ainda mais, as necessidades de contratação por parte das empresas.
Contudo a medida mais comentada é o corte dos subsídios de férias e de natal para os funcionários públicos com vencimentos acima de 1000 euros. Só o facto de a única medida que afecta exclusivamente uma categoria profissional ser a medida mais publicitada e debatida nos mídia, atesta o peso e influência que esta categoria tem criado sustentadamente ao longo dos anos. A verdade é que a fronteira onde acaba a função pública e começam os políticos e os partidos é algo que já deixou de existir faz décadas neste país.
A despesa a ser reduzida é a do Estado, logo é nos funcionários do Estado que têm que ir buscar a grande parte do esforço das famílias, no entanto esta medida será melhor abordada em um futuro comentário.
Mas no final de tudo, o que ficou por comunicar e explicar foram os cortes nas outras despesas do Estado, algo que até certo ponto pode ser compreendido pelo pouco tempo governação e não é num par de meses que é possível delinear ao pormenor uma estratégia de redução dos excessos sem colocar em causa os serviços do Estado. Não estamos em tempo de fazer cortes temporários, temos de fazer cortes dentro de uma estratégia já definida e conhecida do que se deseja que seja a função pública/Estado e como podemos obter serviços de qualidade, competentes e financeiramente racionais.
No entanto não há qualquer desculpa para o Governo não comunicar a decisão de investigar e renegociar todas as PPP’s e demais contratos que sejam ruinosos e em que o Estado está preso. Esses contratos têm que ser renegociados de forma justa e apuradas as responsabilidades por esse “assaltos” ao bolso dos contribuintes. Não basta reduzir custos na máquina pública, é preciso reduzir os encargos com contratos escandalosos não só porque é o mais justo, mas também porque é essencial que o Estado reduza rápida e drasticamente a carga fiscal sobre os portugueses, de modo a estimular a economia, ou o país chegará a um ponto tal de onde não vai haver volta da recessão.



sábado, 8 de outubro de 2011

Simply timeless/Simplesmente actual e intemporal - Johnny Carson 1982




Não foi possível encontrar uma versão legendada. Contudo existe uma versão legendada mas não verdadeiramente legítima. Trata-se de uma legenda a satirizar o político Sócrates. A legenda é correcta excepto nas partes em que é adaptada á situação deste político português. Por exemplo, em lugar de dizer imprensa, na apresentação, diz Manuela (da Manuela Moura Guedes) ou quando o político é questionado sobre a veracidade das suas habilitações em Harvard é adaptado à Univ. Independente.
Não foi usada esta versão por uma questão de princípio e imparcialidade no entanto, fica aqui o link para aqueles que necessitam de legenda para entenderem o vídeo, mas já tendo presente a natureza satírica da legenda.

One more apologist for a fall into the abysm

One more apologist of the Portugal leaving the euro zone idea. This time it was a Professor from the ISEG (Economical and Management Superior Institute – Lisbon) the economist João Ferreira do Amaral who came on the public defence of that policy. We have already board this mater on Nov. 13, 2010 with the comment “Insane idea from insane persons” but this time we gone deconstruct the professor argumentation.
The professor defends the Portuguese exit from the euro zone but with the support of the European Central Bank “its necessary a large commitment of the ECB to support and sustain the new currency depreciation within reasonable limits and to create facilities to support the Portuguese banks during this transition period to avoid any panic1. On simple words, what the professor think is that Portugal can leave the euro system but the ECB and what that it means is that Germany and the other north European countries, will keep supporting Portugal just like if it was a son who declares is independency from the parents but keep coming home to eat, drop the clothes to be wash and receive the allowance. The difference is that a son is just that, a son, our blood but Portugal is not a northern European countries son to have their support after leaving the euro system.
He believes that the new currency depreciation “By my calculations would be enough somewhere between 30% to 40%”1 as if once the new currency gets the exchange market the Portuguese institutions will have any control over the market to make it stay at this depreciation rates. The moment the new currency gets on the exchange market it would be depreciate to garbage level by the market agents because of their natural distrust face to the Portuguese economy. On this case the only way the Portuguese Government have to control the new currency exchange price would be through the Portuguese Central Bank operations on the market buying new currency and selling foreign currency, but it’s obvious that this kind of market intervention have high costs to any country if it’s done for a long period.
The allegation for leaving the euro zone is that “All tradable goods sectors will benefit from de currency depreciation. The currency depreciation it’s important to revert the negative effects of having a strong currency.1we have a huge foreign debt and therefore we have to create the conditions to have a surplus of our balance of payments so we can make the debt payments and at the same time having some margin on our external responsibilities. We cannot create those surpluses inside the euro zone because of our weak productive structure.1. As already was said, the currency devaluation do not achieve the effects that are defended by the professor. The currency devaluation has its effects in Portugal more than proven by the practice of these policies for years and years between the 74 revolution and the end of 80’s when we start living some currency exchange stability. It was this years of currency devaluation one of the reasons that allowed all those incompetent national companies to keep open by forcing all country to pay the costs of making their products more competitive on the international market instead of restructure their business or close doors.
The question is that the commodities are bought on the international market with prices in dollar or euro, so the currency devaluation just makes the labour cost lower because all the other production factors as commodities, energy and financing keep the same price because Portugal is totally dependent of the importation of these supplies. And because the public debt must be paid in euros the taxpayers must pay more taxes and the credits interest rates on the banks will be higher for the same reason. This means that there would not be any surpluses on our balance of payments but it would aggravate our economical situation.
In the end the professor reveals the reason why he defends the Portuguese exit from the euro zone “The most rational and intelligent would be recognize that euro project has failed.”1. Who does not believes on the euro zone does not understand that it is only through the project of a unify Europe that it is possible for Europe to maintain its place on a global economy.
Portugal is on the rock bottom and our only way up it is through cleaning the country of the corruption, bad politicians and incompetent companies, giving space to the excellence and good management to be the future.


1 Sol newspaper October 2, 2011 (http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=29943)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mais um apologista de uma queda no abismo

Mais um apologista da saída de Portugal do Euro. Desta vez foi o Professor do ISEG, o economista João Ferreira do Amaral. Já foi aqui escrito sobre esta ideia de saída do euro em 13 de Novembro de 2010 com o comentário “Ideia insana de pessoas ainda mais insanas” mas desta vez vamos desconstruir a argumentação deste Sr. Professor.
Alega este Sr. Prof. que saímos do euro mas com o apoio do Banco Central Europeu, “é necessário um comprometimento muito grande do Banco Central Europeu: para apoiar a sustentação da nova moeda dentro dos limites de depreciação razoáveis e, num segundo aspecto, criar facilidades de apoio aos bancos no período de transição, para evitar qualquer pânico.”1, ou seja, o que este Sr. Prof. acha, é que vamos sair do euro mas que o BCE e, por conseguinte, a Alemanha e demais países do norte, vão continuar a sustentar Portugal tal qual um filho que se declara independente dos pais mas continua a ir a casa comer, deixar a roupa para lavar e se necessário for, para receber a mesada. A diferença é que um filho é isso mesmo, um filho e Portugal não é filho dos países nórdicos pelo que, se eles já na realidade presente não estão muito contentes por andarem a “sustentar” os países do sul, quanto mais se estivermos fora do euro. Este Sr. Prof. deve achar que os outros países são para com Portugal como Portugal é para com a Angola, que lhes beija os pés e perdoa dívidas.
Diz que a desvalorização da nova moeda “Pelos meus cálculos, algo entre 30% a 40% seria suficiente1, como se, uma vez a nova moeda no mercado de câmbio, nós tivéssemos algum controlo sobre o valor da moeda. Assim que a nova moeda chegasse ao mercado de câmbios seria de tal forma desvalorizada que ficaria pelas “ruas da amargura” e a única forma do Estado impedir isso, seria por acção do Banco de Portugal sobre os mercados, comprando a nossa moeda e vendendo moeda estrangeira, isto em compras gigantescas que custariam fortunas insustentáveis ao país, logo algo impossível de fazer sustentadamente.
A alegação para a saída do euro é que “Todos os sectores de bens transaccionáveis são beneficiados pela desvalorização. Uma desvalorização discrimina estes sectores positivamente. A desvalorização é importante para contrariar os efeitos negativos que decorreram de termos uma taxa de câmbio demasiadamente valorizada.1temos uma divida externa brutal e, portanto, temos de formar excedente da balança de pagamentos para irmos pagando e arranjarmos alguma folga a nível externo. Não conseguimos criar excedentes na Zona Euro dada a debilidade da nossa estrutura produtiva.1. Ora como já anteriormente aqui foi dito, a desvalorização da moeda não concretiza nada do que o Sr. Prof. defende que será alcançado com a saída do euro. A desvalorização da moeda em Portugal tem os seus efeitos mais do que comprovados pela prática destas políticas nos anos do pós 25 de Abril até ao início da estabilidade cambial por via da entrada na CEE e com a preparação para a entrada do escudo no cabaz de moedas do ECU. Foi a aplicação destas políticas que durante anos acarinharam os empresários incompetentes que nunca quiseram reestruturar as suas empresas e sempre quiseram beneficiar de desvalorizações da moeda para fingir competitividade que nunca tiveram.
Durante os anos de aplicação desta política de desvalorização da moeda, a grande maioria dos empresários nacionais, em lugar de criarem empresas competitivas e concorrenciais no mercado internacional para conquistar mercados (lembrar os milhões e milhões de fundos de apoio que tiveram e gastaram em luxos), choravam pela desvalorização do escudo para fazer com que os seus produtos ficassem mais baratos e conseguirem assim ser mais competitivos nas exportações. O problema é que desta forma os portugueses eram obrigados a comprar produto nacional, não porque tinha qualidade e sim porque os preços dos produtos estrangeiros ficavam mais altos, sendo obrigados a comprar nacional tivesse ou não qualidade (mais um estimulo à falta de qualidade do nacional), depois como somos totalmente dependentes do exterior em matérias-primas, essa desvalorização, passado o impacto inicial, apenas era obtido à custa do poder de compra dos consumidores, pois os preços das nossas empresas, sem competitividade, iam subir novamente uma vez que o preço das matérias-primas é determinado em moeda estrangeira e não em moeda nacional.

Para piorar, o Estado e o sector financeiro ficariam bem pior, já que a sua dívida é em moeda estrangeira, o que obriga a um aumento dos impostos de modo a comportar os custos financeiros e demais compromissos do Estado nos mercados internacionais.  Nos bancos veríamos um aumento das taxas de juro e dos spreed, exactamente o oposto do necessário para estimular o investimentos. Logo, não existiria qualquer excedente da Balança de Pagamentos, antes pelo contrário, veríamos um agravamento da perda do poder de compra e um agravar da situação nacional, basta apenas pensar no aumento brutal que teria o valor da importação de petróleo em termos de moeda ancional.

Mas no fim o Sr. Prof. lá confessa o motivo da sua posição “O mais racional e inteligente seria reconhecer que o projecto do euro falhou.”1, quem não acredita no euro e não vê que um bloco económico europeu unido é a única hipótese que a Europa tem de ter voz na nova economia global, claro que pode dizer as coisas que diz.
Estamos quase no fundo e temos de aproveitar para limpar o país ou nunca vamos sair do fundo, o que queremos são empresas competentes, que sejam competitivas internacionalmente, esse é o caminho e não a desvalorização da moeda.


1 Jornal Sol a 2 de Outubro de 2011 (http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=29943)

sábado, 1 de outubro de 2011

A Madeira e o seu Jardim

Estas últimas semanas têm sido ricas no “disse que disse” sobre a Madeira e no seu já famoso “buraco”. Têm sido igualmente ricas, para não fugir à tradição, nos espectáculos provocadores do Sr. Aberto João Jardim, algo que é o seu modo tão próprio e reconhecido de fazer política.
A bem da verdade devemos dizer que ele tem razão, porque raio é que haveria agora de mudar o seu estilo, num momento tão complicado, quando este estilo provou ser tão eficiente nos últimos 30 anos? A questão é que o presente momento não é igual a nenhum outro já vivido no passado recente e por isso, este estilo de colocar as questões como uma guerra aberta entre a Madeira e os “cubanos”, só agrava a situação da Madeira e apesar de lhe vir, uma vez mais, a render votos e uma maioria, vai deixar a Madeira numa posição muito mais complicada para resolver o seu “buraco”, já que os “cubanos” começam a criar uma forte hostilidade face à Madeira, ao ponto em que até nos aspectos nos quais a Madeira tem legitimidade esta corre o risco de ter um país inteiro contra eles.
Mas vejamos os factos.
1º facto: a Madeira nunca foi auto-suficiente, ou seja, beneficiou sempre nas transferências entre a Madeira e o Estado Central, logo a Madeira não dá nada aos “cubanos” são os cubanos que dão à Madeira. Mas deve ser igualmente reconhecido e afirmado que a República Portuguesa é um Estado no qual as diversas regiões são solidárias umas com as outras, pelo que todas as regiões mais ricas têm de ser solidárias com as regiões mais desfavorecidas.
2º facto: apesar da Região da Madeira ser beneficiada pela solidariedade nacional entre regiões, é verdade que em termos de saldos da balança de pagamentos (nacional) a Madeira participa no esforço (nunca concretizado nos últimos anos) de um equilíbrio da Balança de Pagamentos já que a sua principal e quase exclusiva actividade é o turismo, o que em termos contabilísticos é considerado como exportação. É por esse motivo que neste momento é um “tiro no próprio pé” as férias que muitos portugueses continuam a fazer fora de Portugal.
3º facto: a Madeira, tal como os Açores, beneficiam de taxas de imposto mais baixas e de um subsídio de insularidade concretizado por uma transferência anual do Estado central no montante de 300 milhões de euros. No entanto, estes impostos mais baixos são com o intuito de compensar os Portugueses que vivem na Madeira de modo a terem o mesmo custo de vida que os do “continente”. Por exemplo o IVA mais baixo, é para compensar o aumento do preço dos produtos por via dos custos de transporte para as ilhas, procurando assim obter um preço dos produtos idêntico ao preço cobrado no resto do país. O subsídio de insularidade tem como objectivo permitir que a região tenha infra-estruturas que no resto do país, podem estar fora de uma dada região, mas de fácil acesso por via da proximidade entre as principais cidades/regiões.
4º facto: é verdade que a Madeira do pós 25 de Abril era uma região desprovida de tudo e que eram necessários fortes investimentos estruturais para dotar as populações de uma qualidade de vida que fosse alcançar e acompanhar os padrões médios nacionais. Mas é aqui que a coisa complica… a uma dada altura a Madeira atingiu um nível de infra-estruturas superior a algumas regiões do “continente”, como Trás-os-Montes por exemplo, que apesar de não estarem rodeadas por água, em termos de infra-estruturas e de “distância” de Lisboa estavam muito mais longe do que a Madeira, já que boa parte da população estava desprovida de estradas capazes, linhas férreas e equipamentos públicos básicos à sua qualidade de vida, como escolas e hospitais. Por isso é igualmente verdade que, ao abrigo da tal solidariedade nacional que a Madeira tanto gosta de invocar, a um dado momento a Madeira teria de deixar de ser beneficiada pelos recursos públicos nacionais, para passar a ser solidária com aquelas que estavam bem mais atrasados que a Madeira.
5º facto: acredito que seja verdade que o Sr. Jardim não enriqueceu à conta dos dinheiros públicos e apenas tenha recebido os respectivos vencimentos, não tenho dados ou conhecimento do contrário para não acreditar, mas o que é conhecido de todos os portugueses é que ele deu a ganhar fortunas a muitos que lhe permitiram manter o seu “reinado” por tantas décadas, sendo isso também um roubo igual a que se tivesse tirado para si próprio. Por isso o Sr. Jardim deve ser investigado e responsabilizado pela má gestão dos dinheiros públicos.
6º facto: a Madeira é parte do território nacional, pelo que as leis nacionais têm que ser respeitadas na Madeira. Assim sendo o Sr. Jardim é obrigado a cumprir todas as leis mesmo não concordando com elas, como todos nós o somos, pelo que não tem qualquer legitimidade em esconder e continuar a fazer dívida só porque não concorda com as leis nacionais. Já todos sabemos que neste país um político nunca vai para a cadeia e quando é constituído arguido ainda vai a tribunal pedir indemnizações em várias vezes o valor que um tribunal determina como sendo o valor a pagar por uma vida, já sabemos que é o país em que vivemos, um pais de e para corruptos e políticos. Vamos a ver o que vai suceder com o Sr. Jardim, uma vez que confessou em público o crime de omissão propositada e consciente de informação, além de infringir deliberadamente as regras da divida pública onerando o país em milhares de milhões.

Por todos estes factos, o Sr. Jardim deveria ter contenção no seu espectáculo pois de tanto tempo que tem de poder, já está cego e incapaz de ver que neste momento, quando o país está a fazer sacrifícios extraordinários, ninguém está com vontade de, uma vez mais, “passar a mão” por baixo dos seus desvarios e pagar pelas suas loucuras. Tome cuidado com essas loucuras de independência e de que plano de pagamento só com o acordo da Assembleia Regional, ou seja, com o seu acordo, pois ainda se arrisca a um escalar da actual hostilidade face à Madeira e com isso muito maior dificuldade da Madeira e ter a solidariedade nacional.
O Sr. Jardim não quer saber da troika? Mas onde pensa que o governo vai buscar dinheiro para lhe dar? Já diz o povo “casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”, tome cuidado ou ainda tem o que tanto apregoa mas todos sabemos que não deseja, lembre-se do Pedro e do lobo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Portuguese on the Top

On the last 8/30 it was released by the ERC Starting Grants the 2011 results and one of the projects contemplate with a grant it was the “Positive Scalar Curvature and Lagrangian Mean Curvature Flow” of the Portuguese André Neves of the Imperial College of Science (UK, London). It is the first time that a Portuguese scientist wins a grant of more than 1 million Euros.
This is the perfect example of one brilliant Portuguese scientist who needs to go to other country to have the opportunity and conditions to show his value because in Portugal it is the personal and party relations that matters as a selection criteria and not merit. Unfortunately this is also the reality on the universities and on the investigation labs; it’s not the best minds that are recruited but the ones who have some kind of relation with who have influence over the hiring.
This is the real reason for the actual Portuguese economical situation, the cultural disdain for the intelligence and quality in detriment of the corruption and the “smart asses” of this country is what makes it cultural accepted as more important to be successful to be a “smart ass” than as to be an intelligent and educate professional.
That’s the problem with the economical rescue plan. Only a rescue plan that obligates the implementation of educational policies based on the merit and the work and the implementation of policies of criminal responsabilisation of those thousands public servers and politicians that parasite the public budget being corrupt and incompetence can look forward to achieve success on the economical development. Only this way we can expect a cultural change and an increase of the education level of the next generations that will allow the country to aspirate to a better standard on living and a sustainable economical growth.
But as none of this seems to be even close to happen on the near future, the only way that those of us who fight for the quality, the merit and intelligence have to create a life for us is to, one by one, to give up of our country and move to another country that welcome us for our competencies and not for our personal relations.
The question is, when we are all gone who’s gone provide for all those “smart asses” that will stay and are incapable do be competent on any work because all their lives their success was based on relations and not in competence?
Congratulations André Neves, you deserve a medal on Portugal days celebrations for your work but the most likely is that your medal will be, once more, delivered to a soccer player.

Portugueses no Top

No passado dia 30 de Agosto, foi publicada a lista dos projectos de investigação contemplados com as bolsas ERC Starting Grants de 2011. Um dos projectos patrocinados por esta bolsa, para 5 anos, foi o projecto “Positive Scalar Curvature and Lagrangian Mean Curvature Flow” (Curvatura Escalar Positiva e fluxos de curvatura média Lagrangianos) do investigador português André Neves. É a primeira vez que um investigador nacional obtém uma bolsa de investigação de valor superior a 1 milhão de euros, algo que é mais um reconhecimento da qualidade e capacidade que os portugueses podem atingir.
Até aqui só boas notícias, agora a má notícia… é que, para não fugir à regra, o investigador André Neves e o seu projecto não estão sediados em qualquer centro de investigação nacional e sim no Imperial College of Science (Londres). Uma vez mais fica provado que apenas os portugueses que vão-se embora do país podem ter a oportunidade e as condições de demonstrar o seu valor, já que no nosso país apenas têm lugar os “espertos” com relações pessoais/partidárias e isso é uma realidade também muito presente no meio universitário, onde os professores não são contratados com base na sua qualidade e sim nas suas relações. Quantos de nós já viram publicados concursos públicos para professor universitário? A César o que é de César, pelo que devo salientar que em mais de 5 anos os únicos anúncios que pessoalmente pude confirmar no BEP (Bolsa de Emprego Público) foram do IPS (Instituto Politécnico de Setúbal).
Foi esta cultura de que mais vale ser “esperto” do que ser inteligente, que mais valem os conhecimentos do que O Conhecimento, que mais vale ter “cartão” do que ter mérito que levou o país a estar no estado em que está e isso não há TROIKA que consiga resolver, a não ser que imponha fortes regras no ensino e que obrigue ao julgamento e responsabilização criminal dos milhares e milhares de “espertos” que parasitam o Governo e o funcionalismo público. Só uma política de rigor e mérito na educação, assumindo o “custo” de uma descida vertiginosa nas estatísticas da OCDE para a posição real e não a actual posição mascarada pelo facilitismo que tem existido nos últimos anos, aliada a uma política de reconhecimento do mérito e de responsabilização criminal dos actos de incompetência e corrupção no seio do funcionalismo público e no meio político, de modo a provar que o “espertismo” tão popular no nosso país é meio caminho para a cadeia, pode conduzir a que dentro de uma ou duas gerações possamos ter a ambição de estar no caminho de uma sociedade desenvolvida e com um crescimento económico sustentado.
Como nada disto parece estar sequer próximo de um dia acontecer, parece que aqueles que lutamos pelo mérito e pela competência, um a um, vamos acabando por “jogar a toalha” e trocando o nosso país por outros países que acarinham e recebem de braços abertos aqueles que são inteligentes em lugar de “espertos”, competentes em lugares de bem relacionados. Assim fica uma questão… no final quem vai sustentar os “espertos” deste país que nada sabem fazer a não ser parasitar o trabalho dos outros?
Parabéns André Neves, Mereces uma medalha no dia de Portugal mas o mais certo é que a medalha, que é tua por mérito, seja entregue a mais um jogador de futebol.