quinta-feira, 25 de novembro de 2010

The "genius" of the Portuguese finance minister

This week was approved by the Portuguese Parliament, during the voting on the speciality of the 2011 Budget, with the favour votes from the Government party and the abstention of the principal opposition party, an exception for all the public companies of the salary cuts decreed for all public servers.

That’s a complete abuse and disrespects from this both parties to the country because; on a moment when the common citizen is being obligated to pay for all this years of corruption by the political class, this parties are protecting the interests of all party members posted on that companies, protecting their scandalous wages above the national interests. Wages earnings based not on their competence but on their party influence.

This approved is even more scandalous when the "genius" of the finance minister Teixeira dos Santos came on national TV, a few days ago, to appeal to the privet companies not make any increases on their employees wages. He does not make the cut on the employees under his authority but want to give orders to the privet employees.

But the prove that the Teixeira dos Santos is nothing more than an "genius" is that he is trying to destroy completely the national economy. If the public servers are going to lose consumption capacity through the salary cuts, if all citizens gone a lose consumption capacity through tax rise, instead of appeal to the rises of privet wages to increase the consumption capacity of the privet employees so the companies and the economy do not declare bankruptcy, this "genius" are appealing to the opposite.

And this is the men we have managing our country.

O "génio" do Ministro das Finanças Português

Esta semana foi aprovado pelo Parlamento, em sede de votação na especialidade do Orçamento para 2011, com os votos a favor do PS e abstenção do PSD, de um regime de excepção para o tecido empresarial público, por muito que o Governo o negue e mintam esta é a verdade, dos cortes salariais decretados para todos os trabalhadores públicos.

Isto é um completo abuso e desrespeito do PS e do PSD para com o país já que, num momento em que o comum dos cidadãos é chamado a pagar por uma crise criada pelo roubo e corrupção de anos e anos desta classe política, estes partidos vêm proteger os seus boys colocados nas empresas públicas, não com base na competência e sim com base no cartão partidário, e protegendo os seus salários escandalosos. Escandalosos porque eles não os ganham por merecimento das suas competências e produtividade e sim com base nas suas relações pessoais e partidárias.

Esta aprovação é ainda mais escandalosa quando, há alguns dias, o "génio" do Teixeira dos Santos vem apelar às empresas privadas para não aumentarem os salários dos seus funcionários. Ele não concretiza o corte salarial anunciado em parte dos funcionários sob a sua autoridade mas vem querer dar ordens nos empregados privados.

Mas a prova de que o Teixeira dos Santos não passa de um "genial" é o estar a tentar destruir completamente a economia nacional. Se os funcionários públicos vão ser o seu poder de compra reduzido via cortes salariais, se todos os cidadãos vão ver o seu poder de comprar reduzido via aumento de impostos, em lugar de apelar ao aumento dos salários do sector privado de modo a aumentar o poder de compra destes empregados, para que as empresas e a economia não declarem bancarrota por falta de mercado, este "génio" vem apelar exactamente ao oposto. Ah! mas o que ele quer é que se produza para exportar. Sim é verdade que temos de exportar ao máximo, mas os nossos parceiros também estão em crise e por isso não podemos contar apenas com a exportação e, quando os nossos problemas se devem sobre tudo ao caloteiro do Estado Português, temos de proteger o consumo dos empregados privados para evitar levar à falência da maioria das micro e pequenas empresas que não trabalham para a exportação, mas sim para o mercado local e que são a base de grande parte da nossa economia.

E é este homem que está a gerir os nossos impostos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

China and the western countries public debts

The actual central question about China it’s their western countries public debts acquisitions strategy, but this strategy is only a natural secondary stage of the Chinese economic competitiveness model that is based on the Chinese disloyal competition. If the Chinese industry had to comply to the same obligations, on pollutions levels for example, as we have here in the European Union or in the North America, if they had to pay the same salaries and the same social obligations, if they had to respect the same quality standards (we all know that many products made in China have quality but that is only the products made for global brands), they would not have the exportation growth that they had this last years because the Chinese goods couldn’t ever be produce and export at the actually prices.

Does any one want to buy a Chinese car or flight on a Chinese plain? No, because that will puts on risk our personal security and health, but a large number of western persons buy a battery “made in China” because presents no larger risk then in the end had spend more money because it will last less.

If the Chinese industries had to respect all those same obligations that we have, believe it that the Chinese products would not be as chip and competitive in the global market as they are at the present moment. The Chinese companies’ production is based on chip labour and low quality, not in technology as many of the global competitive countries. On a scenario of the same obligations, quality standards situation and if they stop violating the workers rights as they are doing now, foreigner companies would live China and relocate their business on other countries with a production based on technology and with more completive factors as specialize human resources.

They are using the capitalism to preserve their communist system. They saw what did happen to the old Soviet Union and intelligently they thought “we can not survive alone, so we must use their own system to make us stronger by violating the rules using our total power over the internal market”.

But this problem its caused by all us, because all the persons who buy Chinese products instead of buying non Chinese products and with that choice protecting our companies, our jobs and our economies and with that, at the same time, sending to China the message “the playing with us it’s over, or you start playing on the global market fulfilling the same conditions and rules of all the others players or we do not buy nothing more from you” and with this position obligating the companies to leave China.

China are buying our companies, but above all, buying our public debts with our one money, the money that western persons spend on Chinese stores and products, and with that our countries are losing their capability of making front to the Chinese government because they have something more powerful that the H bombs, they have the property of our public finances and our companies.

If they execute our publics debts and stop financing the new publics debts emissions, all the world will then know real economical crisis. That’s the reason why it must by the regular citizens who take the decision to make the choices against China and in protection of our countries, on the day-to-day decisions and not the governments on a declare policy. If those actions are initiated by our governments, Chinese government will retaliated on the financial market. They do not need the exportations to grownup, they have an enormous internal market that will support their growth, a lower growth but a substantial growth for many years to come, but for that they must allow the creation of a strong meddle class over all country and not only on the free marker region of Shanghai.

However, the price of that internal growth will inevitably be the increase of the democratic movements on all country and with that the end of the actual political system and government. That’s why they run way from that like if they were running way from death, what they real are in did.

China e as dívidas públicas ocidentais

Actualmente as notícias sobre a China estão muito centradas na sua estratégia de compra das dívidas públicas dos países ocidentais, principalmente os que estão em pior situação orçamental, diversificando o seu já conhecido investimento na dívida pública americana, mas isto resume-se apenas à natural evolução do modelo de desenvolvimento em que se baseia a desleal concorrência chinesa. Se a indústria chinesa tivesse de cumprir e respeitar as mesmas regras e obrigações da indústria Europeia e da América do Norte, por exemplo no que respeita aos níveis de poluição, às obrigações sociais e salariais, ou nos padrões de qualidade (é verdade que muitos produtos “made in China” têm qualidade mas são os produzidos para marcas globais), nunca teriam registado o crescimento das exportações que registaram nos últimos anos dado que os produtos chineses nunca conseguiriam ser produzidos aos custos e preços actuais.

Algum de vós gostaria de comprar um carro chinês ou viajar num avião chinês? Provavelmente a totalidade dirá que não, pois ninguém deseja colocar a sua segurança e saúde em risco, mas quanto se trata de comprar pilhas chinesas já muitos ocidentais compram sem problemas, uma vez que, aparentemente, o maior risco que correm é o de acabarem por gastarem mais no final, já que as pilhas não duram nada.

Se a indústria chinesa tivesse de respeitar as mesmas obrigações que a ocidental tem, acreditem que os seus produtos não seriam tão baratos e competitivos quanto o são actualmente no mercado global. O modelo de competitividade chinês é baseado na exploração das liberdades e direitos dos cidadãos e na baixa qualidade, não no desenvolvimento tecnológico como sucede com muitas outras economias concorrentes, a Alemanha por exemplo. Num cenário em que a China tenha de respeitar as mesmas obrigações legais e sociais face aos trabalhadores e em que tenha de cumprir os mesmos critérios de controlo de qualidade, não a falsificação de níveis de qualidade como fazem com as qualificações energéticas que atribuem falsamente aos seus produtos, as empresas estrangeiras deixariam o território chinês para se localizarem em países mais competitivos em factores tecnológicos e em recursos humanos especializados.

A China está a usar o capitalismo para preservar o comunismo. Ao verem o que sucedeu à ex URSS, a China inteligentemente compreendeu que “não podemos sobreviver sozinhos, então devemos usar o próprio sistema capitalista para nos fortalecer, violando as suas próprias regras usando a nossa autoridade total sobre o nosso mercado interno”.

Mas a questão é que este problema é causado por todos nós, por todas as pessoas que compram produtos chineses em lugar de comprar produtos ocidentais e assim protegerem as nossas empresas, os nossos empregos e as nossas economias e com isso, ao mesmo tempo, enviar uma mensagem clara ao governo chinês “a brincadeira acabou, ou começam a jogar no cumprimento das mesmas condições e regras que os demais parceiros comerciais ou nós não compramos produtos chineses”, obrigando as empresas a deixar o mercado chinês.

A China está no mercado a comprar as nossas empresas mas principalmente as nossas dívidas públicas com o nosso próprio dinheiro, o dinheiro que os ocidentais gastam nas lojas e produtos chineses e assim vamos perdendo a nossa independência económica e política para fazer frente às políticas e humores do governo chinês. Actualmente a arma mais poderosa do arsenal chinês não é a bomba nuclear mas sim a “bomba” financeira que constitui a propriedade chinesa de boa parte da dívida pública dos EUA e de vários países europeus.

Se a china decidir executar e deixar de financiar as nossas dívidas públicas aí sim saberemos o que será a verdadeira crise económica. É exactamente por esta razão que não podem ser os nossos governos a tomar medidas políticas e económicas contra a concorrência desleal chinesa, ou corremos o risco de o governo chinês tomar medidas de retaliação contra os nossos países. Somos todos nós que devemos tomar a decisão de fazer frente à China e agir de acordo com essa decisão nos nossos gestos do dia-a-dia, não comprando produtos chineses e protegendo as nossas economias. A china não precisa das exportações para ter crescimento económico, pois podem crescer com base no seu gigantesco mercado interno ainda por explorar. Não seria um crescimento tão grande quanto têm registado à custa das exportações, mas seria um bom crescimento por muitos anos. O problema é que para crescer à custa do mercado interno o governo chinês tem que apoiar a criação de uma classe média forte em todo o país e não apenas na região de Xangai onde existe uma economia de mercado livre.

Contudo, o preço de um crescimento baseado numa forte classe média doméstica é o de um aumento generalizado dos movimentos democráticos e de contestação ao regime comunista que, inevitavelmente como a história nos ensina, conduzirá a uma mudança de regime e de governo. É dessa situação que o governo chinês foge como se a sua vida dependesse disso, porque em realidade é disso mesmo que se trata.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Insane idea from insane persons

There are some persons defending the eventual decision of the Portuguese exit from the Euro System.

Only an insane person without a real idea about what would happen to Portugal on the moment it leaves the Euro System can even suggest that hypotheses. It is just try to use the old recipe of devaluating the currency to artificially increase the country competitiveness level. But what they aren’t telling to the public about this old recipe is that the only thing it does is to occult the incompetence of the privet managers and governments. The currency devaluation never, in the past, had change the structural problems of national competitiveness on the Global Market, as can be proved by the actually situation.

The traditional Portuguese enterpriser man loves the currency devaluation because the currency devaluation will just create an illusion of a competitiveness increase, but that occurs only on the short term because of the national dependency on imported energy and raw materials to be used also on the commodities production. So after the first impact the competitiveness increase will be annulated by the rise of the production costs, obligating a new currency devaluation to recover the competitiveness level, with the consequent raise of our national inflation and resulting on the reduction of our internal consume, all that because the managers and governments did not have the capability to make what they should make.

They should work for a real competitiveness rise, by investing in new technologies and more specialized human resources. Only doing that it is possible to increase our exportations while we still having a strong currency protecting us, to a certain level, from the energy and raw materials cost fluctuations. What we have to do is to resolve our economical and political structural problems and that is not achieved by conjectural policies.

If Portugal leaves the Euro System, the cost of the the automatic aggravation of our external public debt, evaluated in Euros, and the increase of the importations costs would put us on the bankruptcy.

But if we forgot this reality, and for this debate purpose we focus only on the currency devaluation policy effects, the continuum search of competitiveness through the currency devaluating would lead us to a point where the currency would not worth the price paid for the paper used to print it, as it did happen in several countries.

sábado, 13 de novembro de 2010

Ideia insana de pessoas ainda mais insanas

Há algumas personalidades a defender a saída de Portugal do sistema euro.

Só um louco sem real consciência do que sucederia a Portugal é que pode defender a saída do euro, como se fosse o euro o problema da economia portuguesa. É usar a velha receita de sempre, a famosa receita do Soares, um ignorante total em economia e que era conhecido no meio económico como o Sr. desvaloriza, pois para ele a solução para tudo é desvalorizar a moeda. O que escondem das pessoas, é que a desvalorização é a forma como os incompetentes dos políticos e dos respectivos compadrios, que estes colocam nos lugares de decisão económica em vez das pessoas que têm competência para tal, facilmente ocultam, temporariamente, a sua incompetência e fraude eleitoral.

A desvalorização do escudo nunca resolveu nada como se comprova hoje, apenas empobrece os portugueses sem que eles tenham noção disso, pois não vêm o seu salário ser reduzido no recibo do vencimento.

É verdade que os típicos empresários portugueses adoram a desvalorização da moeda, por se tornarem mais competitivos instantaneamente por via da instrumentação de política monetária, mas que raio de competitividade é essa? Não é uma competitividade verdadeira mas sim fingida porque é baseada na desvalorização de uma moeda e não na sua melhoria da eficiência da sua capacidade produtiva, é por isso que a maioria daqueles “patrões” portugueses gostam tanto da desvalorização, já que não os obriga a investir, a inovar, a serem competentes na sua gestão e podem ficar se armando em doutores e a comprar Ferraris como o faziam. É vê-los irem todos contentes para Angola em lugar de irem para onde existe uma concorrência não fingida pelo Estado e onde não existem os riscos políticos e as leis de proteccionismo que existem em Angola. Esquecem é que depois com a desvalorização do escudo aumenta o preço do petróleo e de todas as matérias-primas, assim, passado o efeito inicial, vai haver um aumento dos custos dos empresários e lá vêm eles de novo apelar à desvalorização da moeda. O Euro foi o melhor que aconteceu a Portugal, tira essa arma de fingimento e ocultação da incompetência dos políticos, estabiliza a moeda, protege da instabilidade da taxa de juro e amortece os efeitos das subidas dos preços das matérias-primas. Uma das coisas que um bom empresário/gestor mais deseja para fazer bem o seu trabalho é estabilidade nessas variáveis que lhe são externas.

Se os políticos voltarem a ter essa arma à sua disposição então é que não vão tomar qualquer política para corrigir o problema estrutural da economia e da sociedade nacional e quando o fizerem é porque a moeda já está tão baixa que já não vale o papel onde é impresso.

O problema são estes políticos corruptos e incompetentes. É duro o que vem pela frente? É sim senhor, mas é possível com as medidas correctas fazer com que seja duro mas que estruturalmente seja benéfico. Infelizmente é com alguns meios de comunicação a soldo de uma classe política que quer é o seu próprio interesse, em lugar do superior interesse nacional, que os políticos tentam vender estas insanidades para que as pessoas culpem o que não tem culpa.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Portuguese 2011 State Budget

In the end of all questions between the two major Portuguese parties was voted and approved the 2011 Portuguese State Budget, but the real problem is the quality of this budget. This is a budget that will create an aggravation of the economic crises and will lead to a recession, will maintain the State dreadful management practices and will protect the Government party recommendations to well remunerated public positions, preserving the incompetence in the State.

We know what taxes will rise next year and how much they will rise but we have no idea on what and where the State will cut expenses and save money, being technically based on an utopia of assumptions and forecasts for the economical activity under the effects of this budget, which will make it non-compliance practically certain. Above all this is a terrible budget because it does not reveal what is the Government Strategy to take the country out of its current situation and how to develop the Portuguese production and the economical activity. This is a Budget of “near coast navigation” instead of the vital “discovery navigation” that the country needs.

So what it should be the main lines of this budget?

First, on the State incomes item the taxes rise, as referred here in the past1, should be made on the Personal Income Tax and not on the VAT, on the land property, alcohol, tobacco and luxury consumes. Should be reduced the level of the fiscal deductions to the PIT and increase the tax rate on the dividends distribution to stimulate the reinvestment, as it is define on the 2011 State Budget.

Second, on the Government expenditures, also as referred here in the past2, the public salaries cuts should be on incomes above the 600 Euros; the immediately extinction of all the public companies and the reinstate of them in to the State when they have consecutively 3 years of negative operational results; the introduction of tolls in all motorways; stopped the launch of all State constructions that are not essential to promote the exportations or have in it an higher importation component, that means the immediately standby of the new international Lisbon airport and the TGV; the diminish of the State spending on acquisitions and supply to the strictly essential, no new cars to the public servers only to the basic services like police patrol or fire department cars; creating a spending control planning to prevent and punish all those who use unjustifiably the public resources, independently of their hierarchical position; centralise all the public servers recruitment, for local and central services, on a public recruitment agency, that already exist and is not used by the services.

Third and the most important, defining the political and economical strategy for the next 10 years, a strategy that stimulate the national growth. The Parliament with the Portuguese President and the Supreme Court of Audit must create a commission of independent economists, lawyers and accountants, independent to all parties and without government past, to supervise and ensure the respect of the Budget and to charge those who are not respecting it. The State must implement a policy of paying its suppliers within a maximum of two month, this way with no spending increase the Government allow the economy to have more financial capacity because the State suppliers do not need to apple to the banks in order to be able to respect their payments in consequence of the State be a terrible payer of its debts taking more than one year to pay them. Amplify and simplify the subsidise credit to the investments in the trade goods production and preferential if it is for the exportation market, all the exportation activity must be helped and nurtured. We must intensify the national investments, both public and private, on the extensive increase of national energy production based on renewable sources and independently of imported ones, otherwise with the looked-for global economic growth, especially of our exportation markets, the oil price will shoot up and with our heavy dependence on imported energy our exportations will lose competitiveness and the internal inflation will raise, reducing even more the internal consume. It is also a moral and efficient obligation to implement the annual evaluation of the public serves in leadership positions and charge them disciplinary and criminal for their actions and decisions when they act against the public interests, as they should be premium when they have and exceptional performance.

We have no more time to lose with self-centred politicians and with party’s interests, we need to Portugal to come on first and above all the personal ambitions of our mediocre politicians class.




1 http://portugal-mordaz.blogspot.com/2010/10/is-vat-increase-best-option.html

2 http://portugal-mordaz.blogspot.com/2010/10/black-hole-that-is-portuguese-public.html

Orçamento de Estado de 2011

Apesar de todas as questões entre os dois principais partidos portugueses lá foi votado e aprovado o OE de 2011, mas fica o principal problema e que é a qualidade deste OE. Este é um orçamento que irá criar um agravamento da crise económica conduzindo à recessão, além de manter as péssimas e danosas práticas de gestão do Estado, protegendo os “tachos” soberbamente remunerados dos “boys” do PS, preservando a incompetência no Estado.

Nós sabemos quais os impostos que irão ser aumentados e quanto é que serão aumentados, no entanto desconhecemos por quase completo onde o Estado cortará despesa e poupará recursos, estando o OE tecnicamente fundamentado em pressupostos e previsões utópicas da actividade económica sob o seu efeito, o que torna praticamente certo o seu incumprimento. Mas acima de tudo isto, este é um péssimo OE porque não revela qual a estratégia do Governo para tirar o país da actual situação e como irá desenvolver a actividade produtiva e a actividade económica nacional. Este é apenas um orçamento de “navegação à vista” e não um orçamento de “descobrimentos” vital para a realidade nacional.

Então quais deveriam ser as linhas centrais deste orçamento?

Em primeiro lugar, na rubrica das receitas e como já anteriormente referido aqui1, o aumento de impostos deverá ser feito em sede de IRS e não de IVA, deverão ser aumentados os impostos sobre a propriedade, o álcool, o tabaco e os consumos de luxo (luxo aqui não é a compra de uma casa de 150.000 euros e sim de verdadeiros luxos). Deverão igualmente ser reduzidas as deduções fiscais em sede de IRS (principalmente nos escalões mais altos) e aumentados os impostos sobre a distribuição de dividendos de modo a estimular o reinvestimento, como o governo definiu no OE 2011.

Em segundo lugar, na rubrica das despesas e também como já referido aqui anteriormente2, o corte nos salários pagos pelo Estado deverá incidir nos vencimentos acima dos 600 euros; deverá extinguir-se imediatamente todas as empresas públicas, reingressando os seus serviços nos órgãos de Estado, quando estas verifiquem 3 anos consecutivos de resultados operacionais negativos; a introdução de portagens em todas as SCUTS; a paragem imediata de todas as grandes obras públicas que não sejam essenciais para estimular as exportações ou que tenham uma grande incorporação de componentes importados, isso significa a paragem imediata do novo aeroporto de Lisboa e do TGV; a redução dos gastos do Estado em aquisições e fornecimentos para o nível do estritamente essencial, isso significa nada de carros novos para o pessoal, apenas para os serviços básicos como polícia ou bombeiros; criar uma metodologia de planificação e controlo para prevenir e punir todos aqueles que usem injustificadamente os recursos públicos, independentemente da sua posição hierárquica; centralizar todos os processos de recrutamento, seja ao nível autárquico ou ao nível central, na Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público que apesar de existir todos sabemos muito bem qual a razão de nunca ser usada para efectuar os processos de recrutamento.

Em terceiro e o mais importante, definir qual a estratégia política e económica para os próximos 10 anos, uma estratégia que estimule o crescimento nacional. O Parlamento com o Presidente da República e o Supremo Tribunal de Contas deverão criar uma comissão de técnicos independentes, economistas, advogados, contabilistas, que sejam independentes de todos os partidos e que nunca tenham tido responsabilidades governativas, para supervisionar e fiscalizar o cumprimento do OE e para que responsabilizem aqueles que não o cumpram. O Estado deverá implementar uma política de pagamento aos fornecedores no prazo máximo de 60 dias, aumentando deste modo, sem quais quer encargos adicionais, a liquidez da economia, já que desta forma os fornecedores não terão necessidade de recorrer ao crédito para resolver problemas de tesouraria resultantes do Estado ser um péssimo cumpridor no pagamento das suas dívidas, chegando a levar mais de um ano para as pagar, além de que introduz maior transparência na fiscalização e contabilização do défice. Amplificar e simplificar as linhas de crédito bonificado ao investimento na produção de bens transaccionáveis, preferencialmente se essa produção se destina à exportação, e apoiando e acarinhando todas as actividades que aumentem as exportações. Devemos intensificar os investimentos nacionais, quer públicos quer privados, no substancial aumento da nossa capacidade de produzir energia, principalmente aquela baseada em energias renováveis e independentes de fontes importadas, de outro modo, com o tão desejado crescimento económico mundial, especialmente nos nossos mercados de exportação, irá dar-se o aumento do preço do petróleo e dada a nossa forte dependência das fontes de energia importadas, as nossas exportações irão perder competitividade e teremos um aumento da inflação, reduzindo ainda mais o consumo interno. É igualmente uma obrigação moral e para com a eficiência, a implementação do processo de avaliação anual de todos aqueles que estejam em lugares de chefia no Estado, de modo a proceder-se à responsabilização disciplinar e criminal das suas acções e decisões quando agem contra o interesse público, bem como ao seu reconhecimento e bonificação quando revelam um desempenho excepcional.

Nós não temos mais tempo a perder com o egoísmo dos políticos e com os interesses partidários, necessitamos que Portugal esteja acima de qualquer ambição pessoal da nossa classe política medíocre.




1 http://portugal-mordaz.blogspot.com/2010/10/e-o-aumento-do-iva-melhor-opcao.html

2 http://portugal-mordaz.blogspot.com/2010/10/o-buraco-negro-que-sao-as-financas.html