quinta-feira, 29 de outubro de 2009

“... the time has come to take a stand…”

Esta é a crua e dura realidade “chegou o tempo de tomar uma atitude” ou todos nós, membros da espécie humana, nos unimos para o sucesso de uma radical alteração cultural ou, todos nós, teremos a subsistência dos nossos filhos e netos posta em causa por culta da nossa indiferença. Já diziam os nativos norte americanos “Não herdamos a terra dos nossos pais, mas a recebemos emprestada dos nossos filhos”, deverá ser esse o sentimento a estar presente em cada uma das nossas atitudes.

Desiludam-se os que observam o desaparecimento diário de várias espécies animais e vegetais como um acontecimento indiferente á sua própria subsistência, algo que a humanidade tem feito ao logo de séculos, olhando o restante planeta como se fossemos deuses com o direito de nos sobrepor e servir de todas as vidas não humanas. Pois é, a irónica verdade é que ao matar outras formas de vida, considerando-as de “inferiores”, estamos a colocar mais um prego no caixão da humanidade.

A Natureza, a Vida neste nosso planeta é um dinâmico e interdependente sistema em equilíbrio. Cada espécie, “superior” ou “inferior” tem o seu papel fundamental neste equilíbrio e nós, por mais “superiores” que sejamos, estamos dependentes da capacidade do nosso planeta de suster este ecossistema no qual a nossa vida é possível. Porque desiludam-se, a nossa extinção determina tanto o fim da vida neste planeta como o determinou a extinção dos dinossauros. A vida subsistirá, mas nós é que poderemos não estar cá para afirmar o nosso sucesso. Comparado com inúmeras espécies “inferiores”, como os crocodilos ou os tubarões, nós não passamos de recém-nascidos no que toca à longevidade como espécie. Eles habitam este nosso planeta há milhões de anos, ao passo que nós apenas cá estamos há algumas centenas de milhares.

Por isso “chegou o tempo” de começarmos a mudar a nossa cultura e a nossa mentalidade, transformando os nossos gestos e comportamentos de forma a reduzir o nosso impacto sobre o ecossistema, mesmo que isso neste momento implique um custo monetário acrescido.

O atrasar temporalmente as metas para a redução dos impactos e alteração de condutas com a desculpa da crise, constitui apenas um prolongar dos custos e efeitos da verdadeira crise que teremos pela frente, quando a nossa dependência pelas energias fosseis estrangular a economia com os altos preços das mesmas, situação da qual tivemos um breve vislumbre em 2008, e do aumentos dos preços da alimentação pelas sucessivas alterações climáticas que arruinarão colheitas inteiras por todo o mundo. Os momentos de crise, por serem naturalmente momentos que obrigam a alterações das estruturas e processos pré-estabelecidos, constituem uma oportunidade para desenvolver e implementar novas estratégias que permitam sair da crise com uma estrutura mais sólida e sustentável.

tomar uma atitude” é agora imperativo e a única maneira de não sermos forçados a o fazer mais tarde com custos incalculavelmente superiores e para muitos incomportáveis. Cada um de nós pode fazer a sua parte no dia-a-dia e a soma de todos nós, de cada simples substituição por uma lâmpada eficiente ou pela compra de um carro menos poluente, produzirá um impacto gigantesco a nível global. Além de que todas estas atitudes nos permitirão poupar preciosos euros ao fim do ano.


                                               Beds are Burning

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